22/05/2007

1990-93: os anos de transição

Esse texto se faz necessário tendo em vista que o time de 94 é muito diferente do time de 89. Muita coisa aconteceu nesse período e é disso que pretendo falar aqui.

1990

1990 foi um ano crítico para o 49ers. O time fez ótima campanha, terminado 14-2 e chegando à final da NFC, contra o Giants. O Niners estava atrás de seu 3o título de SB seguido, um feito inédito até hoje. Mas duas jogadas mudaram o rumo da franquia para sempre. A primeira foi a pancada que Joe Montana levou do DL do Giants, Leonard Marshall. A lesão foi seriíssima e Montana ficou de fora de TODA a temporada seguinte. Ainda assim, o time vencia por 13-12 com pouco mais de 2 minutos para acabar o jogo. O 49ers começa a gastar o relógio, mas aí o pior aconteceu: Roger Craig sofreu um fumble que foi recuperado por Lawrence Taylor. O Giants, então, conseguiu chutar o field goal da vitória. Esse é considerado o momento mais triste de toda a história do San Francisco por seus torcedores.

Era hora da reformulação. O time estava envelhecido e logo ficou claro para Eddie D e George Seifert que algumas das estrelas dos anos 80 teriam de ir embora, por mais doído que fosse. Alguns jogadores que saíram depois de 1990: Ronnie Lott, Roger Craig, Eric Wright, Matt Millen entre outros. Era óbvio que o time iria sofrer essas perdas.

1991

Em 1991, algo raro na época aconteceu: o 49ers não foi aos playoffs, perdendo a vaga para o Atlanta Falcons nos critérios de desempate. A temporada ficou comprometida por uma lesão de Steve Young, agora o QB titular. O QB reserva Steve Bono teve boa performance e ajudou o time a terminar o ano com um retrospecto de 10-6. Mas não foi suficiente.

Troy Aikman (D) levou a melhor sobre Young em 92 e 93.


1992-93

O biênio 92-93 marca a ressurreição do Niners com Steve Young. O QB foi o melhor da liga na maior parte das estatísticas de passe, mas não conseguiu levar o time ao SB. Nos dois anos o time perdeu para o mesmo adversário na final da NFC: o Dallas Cowboys dos “trigêmeos” Troy Aikman, Emmith Smith e Michael Irvin. A torcida não agüentava mais perder para o maior rival e questionavam a capacidade de Young em liderar o time. Para piorar, Montana voltou ao time no último jogo da temporada, um Monday Night contra o Broncos e jogou muito bem. Depois da segunda derrota para o Cowboys, a mídia mais uma vez deleitou-se naquela que talvez tenha sido a maior “QB controversy” de todos os tempos. O 49ers acabou optando por Young e negociou o ídolo absoluto Montana com o Kansas City Chiefs. Mas uma coisa continuava clara: a equipe não tinha qualidade suficiente para bater o Cowboys.

O objetivo era claro: equipar o time para que ele pudesse vencer o Dallas Cowboys. continua

2 comentários:

Anônimo disse...

Fala Gabriel.

Putz, esse foi o período mais broken heart da história do niners.
Essas 3 derrotas nas finais da NFC doeram muito. Principalmente em casa para o Cowboys.
Nesse período a gente tinha condição de ter levado pelo menos mais um Superbowl.
Foram tantas decepções inesperadas que o título de 94 ficou com gosto de prêmio de consolação.
Principalmente por ter que aguentar o Cowboys de novo em 95.

Gabriel Mury disse...

É Allan, foi um período duro mesmo. O problema era que time do Cowboys era mesmo um timaço e o 49ers era um time envelhecido. Perdemos muitos jogaores depois da temporada de 1990 e o time só se recuperou com aquelas contratações bombásticas de 1994. Mas aí começou o salary cap e o time novamente teve de deixar muita gente boa ir embora, como Deion Sanders.